Existem muitas coisas por aí que eu não entendo, muitas delas nem tento entender, simplesmente porque parece tão pouco importante, que deixar de lado é o menos trabalhoso. Mas ultimamente ando me perguntando: Qual é o valor que temos?
Com essa mania de redes (supostamente) sociais parece que todo mundo se conhece, todos sabem suas vontades, conhecem seus medos e passeiam pela sua vida, sem ao menos pedir licença. Temos por amigos, pessoas que poucas (ou nenhuma) vezes vimos. Parece que fomos reduzidos a código binário, entende?
Se você não responde a uma gentileza no face, você é o desconectado, se não retruca uma intimidação no twitter é o ultrapassado, se não posta fotos novas no orkut ... você simplesmente não existe!
Aff! Quero respirar, quero olhar nos olhos, abraçar, quero inclusive receber e-mails de verdade, ou, para os mais otimistas, até cartas, essas mesmo, que dão um trabalhão para escrever, sobre as quais você leva horas escolhendo as palavras.
Acredito que a tecnologia nos ajuda, não sou, nenhum pouco, avessa a ela, ao contrário, ela é meu instrumento de trabalho. Mas quem realmente sabe o meu valor, são aquelas pessoas que gastam comigo, mais que letras, fotos e teclado. Quem realmente sabe meu valor, conhece o calor do meu abraço, o sorriso aberto que dou diante do inusitado. Talvez quem tenha já enxugado algumas de minhas lágrimas e me socorrido com uma boa música, possa dizer, qual é realmente o meu valor.
Chega de caos, de pressa, de superficialidade. Pare um pouco, respire, tente ouvir o silêncio e se possível procure um colo para deitar!